Política: Eleições 2010 – Estadual

Sejam bem-vindos novamente! Parafraseando a mensagem padrão do início da transmissão do sinal da TV Globo, os que estiverem lendo tenham uma boa estadia, que não será curta como foi da primeira vez, espero.

Um tema debatido à exaustão em 2010 é o das eleições. Afinal, o destino político, social e econômico do nosso país está em jogo, pois no próximo dia 3 de Outubro, iremos para as urnas definir aqueles que nos representarão na Assembléia Legislativa, no Governo do Estado, na Câmara Legislativa, Senado Federal e na Presidência da República pelos próximos 4 (8 para os Senadores) anos.

Então, vou dividir em duas postagens. A primeira será em nível estadual (São Paulo, onde moro) e a segunda em nível nacional. Procurarei fazer uma análise sobre tudo o que está rolando nas eleições, candidatos e tendências no estado de São Paulo, o maior da União.

São Paulo
O Brasil é uma República Federativa. Ou seja, é uma União Federal entre vários membros (27 estados e milhares de municípios) que possuem certa autonomia em relação ao Governo Federal. Podem fazer empréstimos bancários, intervenções em municípios pertencentes aos seus limites geográficos, por exemplo.

No Estado de São Paulo, a administração é feita por 3 poderes, seguindo a Constituição Estadual. O Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, o Judiciário pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e o Executivo pelo Governador do Estado. Eleitos pela população, o Legislativo e o Executivo serão o alvo de abordagem deste post.

Governardor
O Governador é o Chefe de Estado e o de Governo do Estado de São Paulo. Representante do Poder Executivo, eleito em sufrágio universal (Eleições irrestritas), por voto direto (Eleições com o voto direto da população, ao contrário da época da Ditadura Militar, em que o Governador ou era eleito pela Assembléia Legislativa, ou pelo Congresso Federal ou por nomeação do Presidente da República, se tratando de uma eleição por voto indireto), e secreto para um mandato de 4 anos, podendo ser reeleito para um segundo mandato, apenas. Tem a missão de comandar o Estado e tem o ‘poder’ de vetar leis, ou aprová-las, enviadas pelo Poder Legislativo (Assembléia).

Deputados
A Assembléia Legislativa de São Paulo é a representação do Poder Legislativo no Estado de São Paulo. Funcionando em sistema Unicameral (Apenas uma câmara, ao contrário do Governo Federal, que funciona com um sistema Bicameral, com Senado e Assembléia Legislativa), é constituída por 94 deputados, que reúne os representantes de todas as regiões do Estado, desde a Região Metropolitana até o Vale do Ribeira. Tem a missão de propor leis, visando o bem estar da população de São Paulo e o desenvolvimento da região.

Em São Paulo, o atual Governador é Alberto Goldman (PSDB), que assumiu em março com a renúncia de José Serra (PSDB), que deixou o cargo para disputar a Presidência da República. Os candidatos ao pleito são muitos, mas irei me concentrar naqueles que, realmente, estão disputando o cargo.

Candidatos
Geraldo Alckmin, do PSDB, foi Governador de São Paulo em outras oportunidades, sempre focado em um modelo de segurança econômica e em muitas polêmicas relacionadas ao sistema de educação adotado por ele e por seu sucessor, José Serra.

Aloizio Mercadante, do PT, foi Senador por São Paulo e faz parte do grupo que se opõe fortemente ao domínio tucano no Estado. Propõe uma mudança radical no sistema de ensino e planeja mudar a estrutura de investimentos adotada pelas últimas gestões.

Celso Russomanno, do PP, exerce o cargo de Deputado Federal por São Paulo. É um dos que seguem a linha Malufista de governo. Propõe grandes investimentos na área de infraestrutura no estado e forte apoio às políticas sociais que foram abandonadas pela atual gestão, segundo o candidato.

Paulo Skaf, do PSB, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e acumula grande experiência na área empresarial. Propõe mudanças na área educacional e de gestão, que na opinião do candidato, são deficitárias. 

As pesquisas apontam Geraldo Alckmin como o vitorioso, em 1° turno, para as eleições de outubro. Fácil? Minha família, em grande parte, é adepta do PSDB. Lembro-me como se fosse ontem das eleições de 1998. Tava chovendo muito durante o dia e sempre ouvia que o “FHC” ganharia de LAVADA! Bem, eu não sabia quem era o tal FHC e que ‘lavada’ pra mim era quando minhas cuecas iam pra máquina de lavar =P

Toda gestão tem seus prós e contras. E a do PSDB em São Paulo, que começou com Mário Covas em 1994 e dura até hoje, não seria diferente.
Na MINHA opinião, o sistema educacional em São Paulo é fraco. O chamado sistema de educação continuada é falho, se em termos de estrutura o Estado não conseguir acompanhar. E é isso que infelizmente acontece.

Porém em termos econômicos, São Paulo está muito bem e na vanguarda do Brasil, inclusive sendo taxado de ‘carregador’ do Nordeste, por alguns especialistas da área de finanças.

Sobre os rivais, só digo uma coisa: Seria interessante mudar o partido dominante, admito, mas com as ‘opções’ que temos pra votar, sou mais 4 anos de PSDB no Governo do Estado.

Na Assembléia, a análise não pode ser tão profunda, pois o Governador é o que exerce maior influência e maior poder de decisão sobre os rumos do estado, correto? ERRADO.

Os Deputados Estaduais são os que, todos os dias, estão analisando, estudando e propondo leis que beneficiam vocês, cidadãos paulistas. Dêem valor para o poder legislativo, afinal, são eles que NOS representam.

Ora, bolas
=D

Luiz Felipe Leite
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